Obesidade se alastra em ritmo alarmante, indica estudo da OCDE

A obesidade tem se tornado um dos principais problemas de saúde nos 33 países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Segundo o estudo divulgado na quinta-feira (23/09) pela entidade, metade de todos os cidadãos nos países da organização, incluindo um terço das crianças, está com sobrepeso. Muitas vezes, o problema começa em casa. Filhos de pais obesos têm até quatro vezes mais chances de desenvolver o mesmo problema, se comparados com crianças de pais com peso normal.

Uma das razões para isso é o fato de as crianças assumirem os hábitos alimentares pouco saudáveis dos pais, comendo mal e se movimentando pouco, afirma o estudo.

No topo da lista de países com maiores índices da doença, segundo a OCDE, encontram-se os Estados Unidos e o México, onde duas em cada três pessoas estão acima do peso e uma em cada três é considerada obesa.

Só na Alemanha, 60% dos homens e 45% das mulheres estão acima do peso. O problema vai além, um em cada seis alemães apresenta obesidade doentia. Em toda a Europa, o quadro só é pior no Reino Unido, Espanha e Grécia.

Risco de morte prematura

Cada 15 quilos a mais representam um risco 30% maior de morte prematura, escreve o documento. Além disso, os quilos em excesso também são vistos como desvantagem no ambiente profissional. Os funcionários obesos recebem salários até 18% mais baixos do que os de peso normal, revela a OCDE.

Antes de 1980, o problema era pouco conhecido. Dados mostram que até 30 anos atrás, apenas 10% das pessoas eram consideradas obesas. No entanto, de lá para cá, a doença se tornou uma epidemia mundial. E a OCDE adverte: em 10 anos, mais de dois terços da população mundial poderá sofrer de excesso de peso.

As razões são muitas: aumento da oferta de produtos alimentícios, maior consumo de comidas prontas e de fast food, sedentarismo, trabalho excessivo e estresse.

A organização critica ainda os subsídios agrícolas, que baratearam os alimentos, e a política de transportes, que incentiva o uso de carros em detrimento do transporte público e do uso da bicicleta.

Iniciativas contra a obesidade

As estratégias da luta contra a obesidade precisam vir de um esforço conjunto entre política e economia, conclui o estudo. Campanhas que promovam a saúde e o bem-estar, e uma maior regulamentação estatal poderiam salvar centenas de milhares de pessoas que morrem de doenças crônicas decorrentes do sobrepeso.

Tais pacientes representam 75 mil pessoas a cada ano na Itália, 70 mil na Inglaterra e 40 mil no Canadá, por exemplo. Para evitar as mortes, seria necessário um investimento entre 10 e 30 dólares por paciente, conclui a OCDE.

A Organização Mundial da Saúde define como vítimas de sobrepeso os adultos com Índice de Massa Corporal (IMC) entre 25 e 30. Pessoas com índice mais alto são tidas como obesas. Para calcular o IMC, deve-se dividir o peso corporal pela altura ao quadrado.

Fonte: ABN News, 26/09/2010

Dez coisas que você precisa saber sobre atividades físicas

A proximidade do verão e a chegada de temperaturas mais elevadas é um incentivo para quem pratica e para quem pretende começar a se exercitar em breve. Os benefícios de um corpo saudável e algumas dicas para deixar o sedentarismo estão entre os 10 pontos listados abaixo pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

A entidade lembra que o sedentarismo é uma das principais causas de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis. Confira a lista:

1) O programa Agita Mundo acredita que a prática de exercícios, de intensidade moderada, durante meia hora por dia é suficiente para que o cidadão deixe de ser sedentário. Estes trinta minutos podem ser contínuos ou divididos em três períodos de 10 minutos cada.

2) Quando se fala em exercícios, o mais importante é que você pratique alguma atividade que se adapte ao seu estilo de vida e que seja do seu agrado. Caso contrário, são muitas as chances de interrupções.

3)Pequenas modificações no hábito diário — como subir escadas, saltar do ônibus um ponto antes, passear com cachorro, varrer, cuidar do jardim, lavar o carro, etc. — podem ajudá-lo a movimentar mais e servir como um estímulo para o início de uma atividade física diária.

4) Os efeitos benéficos da atividade física ocorrem para as pessoas que se exercitam com regularidade. Aqueles com IMC entre 25 e 30 (sobrepeso), nestas condições, podem ter um risco menor de desenvolver diabetes e outras doenças metabólicas do que os sedentários.

5) De acordo com o United States Departament of Health and Human Services, é importante os adultos pratiquem duas horas de atividades anaeróbicas (musculação localizada), por semana, além dos 30 minutos de caminhada intensa por dia. Nos casos de pessoas com diabetes, hipertensão, obesidade e pessoas com problemas no metabolismo ósseo, por exemplo, é preciso ter um cuidado especial na escolha dos exercícios a praticar. Nestes casos, é imprescindível o acompanhamento de um profissional.

6) 1 minuto de atividade física intensa é compatível com 2 minutos de atividade moderada. Caminhada em ritmo acelerado, hidroginástica, passeio de bicicleta e jogo de tênis em dupla são alguns dos exemplos para atividade moderada. Já a corrida, a natação, o basquete e a corrida de bicicleta são consideradas intensas.

7) Durante a prática de um exercício físico é possível que haja uma redução na taxa de glicose da pessoa. O indicado, principalmente para pessoas com diabetes, é que carreguem consigo algum tipo de carboidrato de rápida absorção.

8) As atividades físicas melhoram a sensação de bem-estar, diminuem a ansiedade e a probabilidade de depressão, por liberarem a serotonina (hormônio conhecido como "molécula da felicidade").

9) Dentre os benefícios da prática de exercícios estão: a diminuição do apetite, a melhora do humor, a perda de gordura (emagrecimento), o enrijecimento dos músculos, a melhora da imunidade e o retardo do envelhecimento.

10) Até o ano de 2010, o objetivo do Ministério da Saúde é reduzir de 29% para 24% o percentual da população brasileira considerada sedentária. Para isso, criou a campanha "Eu sou do time que se movimenta pela saúde". Que tal aproveitar a campanha nacional e iniciar a sua atividade?

Fonte: ZeroHora, 08/09/2010

Obesidade pode causar problemas nas articulações, como artrite e artrose

Pesquisa divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, aponta que quase metade da população brasileira com mais de vinte anos está acima do peso.

O sobrepeso e a obesidade causam problemas que as pessoas não costumam associar ao excesso de peso, como nas chamadas doenças das articulações. Entre as principais estão a artrite e a artrose, que atingem, principalmente, joelhos, quadril e coluna.

A gordura em excesso no organismo agride e destrói a cartilagem das juntas. Exatamente por isso o paciente obeso tem maior tendência a desenvolver esse tipo de problema.

O médico do Instituto de Traumatologia e Ortopedia, Hugo Cobra, explica que existem atividades específicas recomendadas para o tratamento das doenças nas articulações, mas dá o alerta: “Só depois de perder peso o paciente deve praticar atividades físicas sem impacto como andar de bicicleta, musculação, hidroginástica ou natação. Alongamentos também são fundamentais para o alívio das dores”, completa o especialista.

Fonte: regiaonoroeste, 08/09/2010

Missão: derrotar a balança

Como resistir ao bolo de chocolate cuja cobertura cremosa teima em escorrer pelo prato, atiçando o paladar? Ou à suculenta picanha, disposta em fatias num domingo à tarde? Sabores que temperam a vida, mas geram aborrecimentos quando aliados ao sedentarismo, por acumular gordura e prejudicar a saúde. Renunciar aos velhos hábitos é o desafio para metade dos catarinenses acima do peso ideal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Divulgada semana passada, a pesquisa de Orçamento Familiar apontou que catarinenses de todas as faixas etárias estão engordando com o passar dos anos. E lideram o ranking dos gordinhos no país em três fases da vida: na faixa dos 10 anos, de 20 a 24 e acima de 75 anos.

Para reverter as estatísticas, especialistas em nutrição, endocrinologia e educação física indicam singelas mudanças de hábito no cotidiano, como a troca do carro pela bicicleta, o elevador pela escada e caminhadas frequentes. A presidente da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade (Abeso), Rosana Radominski, atribui ao poder aquisitivo da população e ao padrão de vida os fatores que ajudaram a elevar os índices da balança.

Repórter do Santa, Ânderson Silva pertence ao segundo grupo de risco. Aos 21 anos, pesa 117,7 quilos distribuídos em 1,79 metro. Com as medidas, o Índice de Massa Corporal (IMC), avaliação que relaciona o peso versus a altura, já corresponde a um quadro de obesidade. Ânderson terá agora um desafio a superar. Acompanhado pela nutricionista Mariana Machado, terá a meta de aliar dieta a exercícios físicos e perder um quilo por semana. O desempenho e os sacrifícios em busca de uma vida saudável serão relatados no blog Eu e a Balança, aqui.

Fonte: Jornal de Santa Catarina, 04/09/2010